Viabilidade técnico econômica da substituição da lata por Retort Pouch
Abstract
O mercado consumidor moderno busca a cada dia produtos alimentícios de maior conveniência de uso e de melhor qualidade no que se refere a ingredientes e processo produtivo. Neste cenário a embalagem do alimento processado tem papel fundamental para o produto atingir os anseios do consumidor e ainda ser economicamente aceitável. Como a lata e o “retort pouch” são representantes típicos desta evolução, estudou-se a viabilidade econômica da substituição da lata pela bolsa flexível esterilizável. Para efeito de comparação, utilizou-se como referência para o estudo uma fábrica hipotética com uma linha de lata em operação a ser substituida por uma de “pouch”, ambas com a mesma cadência de 60 unidades por minuto. Por conveniência e facilidade na obtenção de dados, o produto considerado foi o atum em pedaços com óleo envasado em “pouchs” pré-formados e esterilizados em autoclave tipo “spray water” e atum em latas de 140 g. A análise econômica baseou-se nos na comparação entre as duas embalagens considerando os parâmetros mão-de-obra, consumo de energia, amortização do investimento, custos logísticos, embalagem e diversos. Como basicamente este tipo de embalagem flexível é importada e de grande importância na composição do custo final do produto, analisou-se os cenários de produto para exportação e para o mercado local uma vez que existe isenção total dos impostos de importação no primeiro caso, conhecido como regime de importação tipo “draw back” uma vez que o material de embalagem primário mostrou-se a componente de maior peso na composição final dos custos produtivos. O custo do material de embalagem primário representou a maior contribuição para o custo final produtivo em ambos casos e coincidentemente igual a 69%. O “retort pouch” apresentou um custo produtivo de U$D 272,60 quando destinado ao mercado local e U$D 194,62 quando destinado à exportação, contra U$D 207,59 para lata. O substituição da lata pelo “pouch” mostrou-se então inviável em termos econômicos para produtos destinados ao mercado local e viável para produtos destinados à exportação.