Efeito da carga orgânica e do tempo de enchimento na estabilidade e eficiência de ASBBR, tratando água residuária de indústria de produtos de higiene pessoal
Abstract
Este trabalho teve como objetivo o estudo da viabilidade tecnológica de tratamento de água
residuária industrial, em reator anaeróbio operado em bateladas seqüenciais, contendo
biomassa imobilizada (ASBBR), analisando-se o efeito: do aumento da carga orgânica; da
suplementação de nutrientes e alcalinidade ao afluente e da implementação de diferentes
estratégias de alimentação sobre a estabilidade e a eficiência do sistema. O ASBBR foi
operado em ciclos de 8 h, com agitação de 400 rpm, a 30°C, tratando 2,0 L de Água
Residuária Proveniente de Indústria de Produtos de Higiene Pessoal (AR-IPHP).
Inicialmente, estudou-se a eficiência e estabilidade do ASBBR submetido a uma carga
orgânica volumétrica (COV) de 3,1 a 12,0 gDQO/L.d, suplementando-se a AR-IPHP com
nut…
[15:28, 15/12/2021] Rauni: Este trabalho teve como objetivo o estudo da viabilidade tecnológica de tratamento de água
residuária industrial, em reator anaeróbio operado em bateladas seqüenciais, contendo
biomassa imobilizada (ASBBR), analisando-se o efeito: do aumento da carga orgánica; da
suplementação de nutrientes e alcalinidade ao afluente e da implementação de diferentes
estratégias de alimentação sobre a estabilidade e a eficiência do sistema. O ASBBR foi
operado em ciclos de 8 h, com agitação de 400 rpm, a 30PC, tratando 2,0 L de Água
Residuária Proveniente de Indistria de Produtos de Fligiene Pessoal (AR-IPHP)
Inicialmente, estudou-se a eficiência e estabilidade do ASBBR submetido a uma carga
orgânica volumétrica (COV) de 3,1 a 12,0 gDQO/L.d, suplementando-se a AR-IPHP com
nutrientes (sacarose, uréia, traços de metais) e alcalinidade. O ASBBR mostrou-se robusto,
apresentando estabilidade e boa eficiência de remoção (acima de 90%) para COV de 3,1 a
9,4 gDQ0/L.d. Para COV de 12,0 gDQO/L.d, houve dificuldade em manter essa eficiência
devido a grande variação na concentração de matéria orgânica e à presença de agentes
sanificantes comerciais nos lotes da AR-IPHP. Em uma segunda etapa, o ASBBR tratou
AR-IPHP sem suplementação de nutrientes, mas com suplementação de alcalinidade,
variando-se a estratégia de alimentação do afluente e mantendo-se uma COV de,
aproximadamente, 9,0 gDQO/L.d. A primeira estratégia constou em alimentar 2,0 L do
afluente em batelada (COV de 9,4 gDQO/L.d). Na segunda, 1,0 L de afluente foi
alimentado em batelada, e mais 1,0 L em batelada alimentada (COV de 9,2 gDQ0/L.d). Na
terceira estratégia, 1,0 L de efluente tratado foi mantido no reator, não sendo descarregado.
e 1,0 L de afluente foi alimentado em batelada alimentada (COV de 9,0 gDQ0/Ld).
Comparando-se a primeira e a segunda estratégias, observou-se que não houve alteração na
eficiência média de remoção de matéria orgânica (acima de 90%). A terceira estratégia
resultou em diminuição da eficiência média de remoção (de 91 ‡ 4%é para $3 ‡ 356) quando
comparada à primeira, O estudo cinético desse sistema permitiu a obtenção dos seguintes
parámetros cinéticos de primeira ordem: 0,70; 1,19; 0,42; 0,74; 1,46: 0,15 h para COV de
3,1; 5.8: 9,4: 12.0: 9,2 e 9,0 gDQO/L.d. respectivamente. Foi possivel observar. pelos
parâmetros cinéticos, que a segunda estratégia de alimentação (COV9.2 gDQ0/L.4) loi a mais
favorável em comparação com as demais.